Inteligência Emocional – um convite a harmonizar a cabeça com o coração

Na escola aprendemos história, geografia, matemática, inglês, desenho e psicomotricidade…. e sobre a afectividade o que aprendemos? Não muito.  Nada sobre a forma como intervir quando se desencadeia um conflito, nada sobre o domínio do medo, nada sobre a expressão sã da ira… Na escola recebemos o exemplo mestre e nalguns casos adquirimos treino de controlo das emoções. No NOSSO COLÉGIO apostamos no equilíbrio emocional das crianças. Certos da importância de que o coração e a razão devem complementar-se, coexistir em harmonia.

Muitos dos fracassos do diploma final podiam ser imputados à emotividade. Para terem êxito os futuros engenheiros, médicos, professores etc. (as nossas crianças na actividade que no futuro vierem a escolher), o QI (Quociente intelectual – insteligência) não basta. O que faz a diferença é a capacidade de gerir os nossos afectos e para comunicar um conjunto de competências que poderemos denominar por “um saber estar”, “um saber viver”, “ter um olhar positivo que não se centra no problema e procura a solução”“ir  para além de” (resiliência).

Quando no NOSSO COLÉGIO desenvolvemos actividades de teatro, ou expressão corporal estamos também a induzir os alunos no domínio do seu pequeno mundo e prepará-los para novos desafios. A Festas no Colégio (Magusto, Natal, Carnaval, Páscoa, etc.), a Festa de final de ano lectivo e o Exame Final, com entrega de diplomas, fazem parte desse “treino” e contribuem, por vezes até decisivamente, para o sucesso dos nossos futuros homens e mulheres.

Howard  Gardner, filósofo, pedagogo, demarcou-se das definições tradicionais e redutoras da inteligência, para a afirmar  como um conjunto das competências. Para Gardner, “não há só uma inteligência, mas várias”, ele define-se como “a capacidade de resolver problemas”, problemas a resolver que vão desde a invenção do final de uma história até à antecipação do xeque-mate, passando por remendar um edredon ou resolvendo um mal entendido com um amigo. Howard Gardner enumera sete , precisando que se trata de uma lista porvisória, separando-as da inteligência verbal e lógico-matemática, já reconhecidas, coloca-as em pé de igualdade e acrescenta as “inteligêngias espacial, musical, cinestésica, interpessoal e intrapessoal” e nós acrescentamos a espiritual.

A espacial diz respeito mais aos engenheiros, arquitectos, marinheiros, cirurgiões, escultores, pintores…; a musical baseia-se no exercício do ouvido e do ritmo; a cinestésica é a inteligência do corpo, aquela que os bailarinos têm de dominar, assim como os atletas, os cirurgiões e os artesãos; a interpessoal é a capacidade de compreender os outros e trabalhar com eles; a inteligência intrapessoal corresponde à faculdade de se formar a si próprio, uma representação precisa e fiel e utilizá-la eficazmente na vida; a espiritual, está directamente ligada com a resiliência, como a capacidade de auto-superação, ir mais além do que supostamente pensava ser capaz, é ter um olhar que reconhece o problema mas centra-se na sua solução, transforma os erros em lições, refecte um olhar que apela à vida, que potencia uma mente aberta ao positivismo.

A capacidade de dominar os sentidos e resolver as situações do quotidiano de uma maneira eficaz e constante identificadas por Gardner e Daniel Coleman (autor do bestseller americano, Emotional Intelligence) é reconhecida como Inteligência Emocional. Esta convida-nos a harmonizar a cabeça com o coração.

Ao longo do ano procurámos desenvolver competências como : a capacidade de se motivar e ser perseverante, apesar da adversidade e frustação; controlo dos impulsos, a capacidade de adiar a satisfação, a capacidade de regular o humor e impedir que a angústia altere as faculdades do raciocínio; a empatia; a esperança, envolvendo inteligências intra e interpessoais e a espiritual fizemo-lo de uma forma consistente apesar de subtil, utlilizando técnicas e habilidades.

O teatro (por exemplo, através da representação desenvolvemos positivamente o estado emocional da crianças, pois a arte dramática é um meio eficaz para desenvolver as relações interpessoais), a dança, o domínio do corpo, o domínio da atitude comportamental, co convívio em grupo, o desenvolvimento da mente, a difusão permanente da cultura serviram também para o desenvolvimento destas capacidades.

A importância de concluir no Colégio a etapa que termina aos 6 anos, reside também nestes conjuntos de competências que durante anos viemos fortalecendo. A felicidade que as nossas crianças vivem no NOSSO COLÉGIO é resultado do desenvolvimento equilibrado e harmonioso das suas competências.